– ESTE TEXTO NÃO CONTÉM SPOILERS –
Fazia tempo que eu não saia do cinema tão extasiado e frenético depois de ver um filme. Acho que a última vez que aconteceu isso foi a pré-estreia dOs Vingadores lá em 2012. Aqui apenas tentarei te convencer porquê você precisa assistir a beleza do quarto filme da saga Mad Max. E não, não será uma crítica, mas sim trazer um viés rico que é, talvez, um dos melhores filmes do ano.
Quando em uma bela tarde no trabalho eu me deparei com o trailer do novo filme de Mad Max, imediatamente corri e assisti aquele que seria um vídeo que mexeu comigo como não mexia há tempos. Tudo isso porque trouxe em pleno 2015, época em que rola uma “glamourização” do Oscar e safra farta de filme de super-herói, um sentimento nostálgico de um temática que é simplesmente incrível e gostoso de imaginar e vibrar: a Cultura Cyberpunk.
Pra entender essa temática, escrevi sobre esse assunto uns anos atrás e não mudou muito de lá pra cá.
Coincidentemente ou não, forças do universo ou não, entrei nas lojas Americanas na época que vi o trailer e me deparei simplesmente com o box da trilogia da década original: Mad Max (1979), Mad Max: A Caçada Continua (1981) e Mad Max: Além da Cúpula do Trovão. E vi a oportunidade de enfim, ver uma saga que permeou minha adolescência, mas nunca havia consigo apreciar.
Mas voltando sobre o filme que estreou um pouco mais de uma semana atrás. O novo Mad Max traz uma série de coisas consagradas de três décadas atrás com sua trilogia, mas com a pegada e visão de dias atuais. Sem se distanciar tanto do que a temática pós-apocalíptica tanto aborda: o caos, o individualismo, a escassez, o nada.
Por ter em sua direção George Miller, criador de tudo que você poderá conhecer em Mad Max, o novo longa não deixa pano na manga para “mimimi’s” e trata de questões muito sérias, atuais e toca em pontos atualmente discutidos como olhar a mulher tomando a rédeas da vida, escassez de recursos naturais e até questões divinas.
Por favor, assista o filme no cinema, de preferência com um 3D bom e um sistema de áudio equivalente, isso porque: a trilha que compõe a atmosfera do filme é incrível e destaque para o guitarrista cego que anda em uma espécie de trio-elétrico (o pessoal do Adoro Cinema fez uma matéria especialmente sobre este que é o personagem mais insano do filme, só clicar aqui!), 90% do que você ver foram efeitos práticos e quase não foi usado efeitos em CGI (ou o fundo verde) e além da possibilidade de mergulhar em um deserto infinito de areia e sal.
Outros pontos que valem a pena curtir A Estrada da Fúria, são os visuais dos personagens, que demonstra claramente a diferentes loucuras que habitam dentro deles, os rituais sobre sacrifício, o deleite acerca do desespero por água e por último, e não menos importante, os carros. São verdadeira máquinas de guerra e cada um desempenha seu papel fundamental no desenrolar da trama.
Outro ponto que vale destacar é maestria caótica que é compõe a luta e perseguição que se estende ao longo do filme, como a “focinheira” que faz com o que o próprio Max venha ter sua primeira fala mais de meia hora depois, a imponência da Furiosa, o sacrifício dos Garotos de Guerra (ou Wild Boys) e ambientação de diferentes pontos daquele mundo que é fadado a loucura.
Por fim, não vou entregar meu aval final, porque poderia facilmente um fan-service dos bons, deixo apenas a sugestão de irem ver essa obra prima no cinema. E sim, esse pode ser um dos melhores filmes dos últimos tempos!