Como bom amante de viver essas experiências, seja em relacionamentos ou não, mas sim de peito aberto ao desafio de encarar a si e aquele com quem estamos compartilhando nosso mundo, já passei por altos e baixos disso, em que fiquei bem, ora mal e, simplesmente, abri mão de mim e da pessoa, algumas vezes como um egoísta nato, outrora como um ato genuíno de felicidade para com o próximo. Em meio a isso tudo? Acho que acrescentei uns graus a mais no meu horizonte particular de conhecimento do meu eterno projeto pessoal em construção que é a minha vida.
Eu sei, sacrificamos muito de nós em prol ao o outro, esquecemos de nós para lembrar que o sorriso compartilhado é, ás vezes, redobrado com nossa faísca de sentimento puro. Sei também que é muito pedir algo saudável em um mundo cada vez mais dono de nós do que nós dele. E, também, sei que confundimos muito amor e apego como um jogo insaciável de desejo. Mas calma, nos complementamos mais nisso, do que um encaixe de tetris. Sério.
Não que devemos esperar cair do céu, se perder ou remexer feridas que achávamos que estavam cicatrizadas, porque a beleza do diamante nasce de uma pedra bruta. Então lapide-se para quando for mais velho ser aquele tipo de pessoa recheada de histórias e aprendizados que te tornaram uma pessoa melhor. Isso de ter vivo coisas boas e ruins que umas vocês se orgulho e outras nem tanto, mas que foram fundamentais para escrever os capítulos de sua história.
E, antes que se pergunte o que isso tem a ver com o que o título lá acima sugere, olha só o que foi dito aqui. Sim, isso pode ter sido tão apaguizador e inquietante.
Então dê uma olhada nos capítulos anteriores da vida antes de se questionar sobre esse obscuro desejo da (há) urgência de ter/querer/amar alguém (?), porque na boa, quando sentimos lá no fundo um calor no peito que palavras não traduzem sobre isso de se apaixonar e não necessariamente abdicar de algo para ser feliz. Porque antes de querer ter alguém, é importante ser alguém.
Eu nunca senti essa urgência. Bom, na verdade, sempre que senti, ela me foi imposta pelos outros. Mas, ter que lidar com isso me ajudou a crescer também. Eu sempre me senti bem nos momentos sozinha, mas as pessoas questionavam isso e, vez ou outra, eu acabei questionando também até voltar a me sentir bem… Enfim, espero que tudo isso tenha me ajudado a ser alguém para que possa fazer e viver o melhor quando tiver alguém 🙂