(Foto: Divulgação).
Com o título A Morte Esculpida: História e as Representações na Arte Sepulcral em Caxias-MA, o projeto, que também é um meio de educação patrimonial, tem como objetivo historicizar a morte em Caxias a partir dos cemitérios históricos da cidade e, assim, tornar histórico o cotidiano de uma cidade, de uma sociedade.
A equipe de trabalho é formada pelo Prof. Me. Benilton Tôrres de Lacerda (orientador); Prof. Dr. Eloy Barbosa de Abreu (colaborador); e o aluno Allef Gustavo Silva dos Santos (bolsista).
A aplicação do projeto, em seu primeiro momento, é voltada para educação patrimonial. A ideia é que eles preservem o que há de materialidade nas construções em Caxias.
Leia também | Pesquisadores fazem mapeamento participativo da Covid-19 em São Luís
A educação patrimonial ocorrerá nas escolas, através de palestras e apresentação de material fotográfico: “Fizemos fotos de três cemitérios de Caxias. Um deles data de 1850 e possui um material vindo de Portugal e outros lugares para a construção de alguns túmulos. Nessa fase, a finalidade é a educação patrimonial. Depois outras ramificações podem ser desenvolvidas, como a história da morte em Caxias”, explica Allef.
O projeto visa historicizar não só a morte, mas a própria arte sepulcral, tumular. Dentro desse tema, foi estabelecido um contato inicial com uma comunidade de um povoado de Caxias. Lá, a equipe se deparou, através de informações dos moradores locais, com a existência de um cemitério do ano de 1800 (é possível que seja mais antigo).
“Segundo a oralidade da comunidade, com dados fornecidos pelos mais idosos, os avós e bisavós deles diziam que o local onde as pessoas estão sepultadas é considerado por eles um cemitério de escravos. Também há indícios que podem confirmar se tratar de um cemitério indígena. Isso será desenvolvido em futuras pesquisas que estão sendo iniciadas”, destacou o Prof. Benilton Tôrres de Lacerda.
Leia também | Pesquisa busca analisar se a pandemia afetará os primeiros mil dias de vida dos bebês
O projeto também irá contribuir para o acervo de história e imagem local – que já possui imagens do fotógrafo Sinésio Santos –, com as imagens fotográficas dos cemitérios, aproximando a Academia do Ensino Médio, para que os alunos tenham apreço pela história local contida nas construções.
A partir disso, a pesquisa pretende priorizar um futuro social diferenciado para eles e que tenham um olhar de preservação para com essas construções.
Obs: as atividades do projeto estão temporariamente suspensas em virtude da pandemia.
*Com informações do site da UEMA.