Foto: Ingrid Barros/Divulgação.
Tiago Máci já é uma presença constante aqui no SoT. Desta vez, a novidade é que, em breve, o cantor e compositor vai lançar seu primeiro long play, que já tem cara, forma e uma participação mais que especial.
Amor Delivery é a faixa que dá nome ao seu novo álbum, e é uma composição de Máci com Benedicto e Felipe Mestre, com quem o próprio artista já tem outros trabalhos feitos (como Xote dessa Moça, por exemplo).
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O novo trabalho de Máci, previsto para 2020, é totalmente composto por músicas inéditas e parceiras firmadas, entre elas, Zeca Baleiro, na faixa Beijo à queima roupa.
Os dois estiveram, nos últimos meses, gravando o clipe desta faixa em São José de Ribamar, sob a direção de Arthur Rosa, que já dirigiu clipe da dupla maranhense Criolina (Alê Muniz e Luciana Simons) e também do consagrado Criolo.
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A previsão de lançamento do clipe de Beijo à queima roupa é para outubro deste ano.
Zeca Baleiro e o Maranhão
Outro dia, [eu, Steffi de Castro] estive conversando com um amigo, um excelente músico inclusive, sobre como tenho visto o Zeca se aproximando cada vez mais do Maranhão novamente. O que é ótimo para todo mundo!
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Mesmo que você não goste do Zeca (o que é uma coisa difícil de acreditar) ou não conheça tão bem o trabalho dele, não temos como negar que esse retorno ao berço, para mim, está muito além do fato do Zeca ser maranhense: ouso confabular que ele tem percebido que, por aqui, há muitas pedras brutas (ou nem tão brutas assim) precisando de lapidação ou a famosa “mão”.
Se você está presente nas programações culturais da cidade, muitas delas feitas de forma independente pelos próprios artistas, ou pelo menos antenado com os lançamentos locais (se não estiver, dá uma vasculhada aqui no SoT que é só o que tem!) há de concordar comigo que no ar a atmosfera é de produção efervescente.
A dificuldade, talvez, ainda seja a de transcender os limites geográficos, pois mesmo com infinitos aparatos tecnológicos ou outras facilidades que a internet proporcionou pra quem está se lançando nesse mundo, ainda há muita dificuldade de fazer reverberar nacionalmente a produção feita na cidade – e sabemos que não é questão de qualidade (apenas), pois criadores de grande calibre e matéria-prima é o que não nos falta.
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Quando vemos essa aproximação de artistas como Zeca Baleiro, que já se encontra em um terreno sólido, de outro artista como o Tiago Máci, que está subindo os degraus de uma escada que não é rolante, observamos um movimento que vai para além de uma parceria musical entre dois conterrâneos: é, para muitos jovens artistas do momento, um corte no fio imaginário que divide artistas consagrados de outros que estão iniciando, simbolicamente representa a possibilidade de dar mais dois passos para frente.
Um puxando o outro. Que mais parcerias se firmem assim.