Cinco atitudes para um ano realmente novo

Toda virada de ano é a mesma coisa: aquela sensação maravilhosa de renovação, de página virada.

Ano novo, tudo novo!”

A gente aprendeu que a vida se desenvolve em ciclos, e que ciclos necessariamente têm a ver com evolução.  Mas ciclo, ouso dizer, tem a ver com movimento, e movimento não necessariamente está relacionado a evoluir. Quem se movimenta, explora diferentes lugares e formas de estar no mundo, melhores ou piores. Se esse movimento resultará  numa evolução pessoal, isso dependerá das atitudes de cada um durante seus próprios ciclos.

Estamos no início de um outro ciclo, e para ele já fizemos nossas promessas, metas, planos, como queiram chamar. Só que para cumprirmos essas novas e/ou velhas vontades, é preciso que a gente ajude a roda a mover-se. Engrenagem não se move sem impulso!

Fiz uma retrospectiva pessoal de como me movimentei em 2018 e, a partir dela, fiz uma pequena lista com algumas atitudes que permitiram que minha rotação fosse mais fluida. Acredito que essas atitudes possam ser úteis para mais pessoas -por isso, decidi fazer este post!

Não posso garantir se minhas dicas te parecerão ou não clichês, o que posso dizer é que  vale a pena tentar. Estejam abertos!

Unicycle

1 – Pense a respeito dos seus valores e compromissos

É preciso que a gente tenha bem definido quais valores nos são caros e quais compromissos queremos assumir conosco e com o mundo. Valores e compromissos nos servem de guias, nos apontam por onde queremos andar. Então, tira um tempo para pensar sobre isso de forma clara e organizada. Faça do seu jeito, mas, se puder, escreva num papel e deixe às vistas, onde seja fácil relembrar. Ter clareza sobre o que nos move é o primeiro grande impulso para nossa rotação.

2 – Viva de acordo com os seus valores e compromissos

Parece óbvio, né?  E é. Mas nem sempre somos capazes de nos mantermos de acordo com o que realmente acreditamos. Diversos são os motivos que nos afastam do que nos move, inclusive um motivo muito comum é justamente não sabermos ao certo o que nos impulsiona, daí a importância da primeira dica. Agir em acordo com nossos valores pode exigir abdicar de muitas atitudes. Mas, com o tempo, não será um esforço, e sim um hábito. Então, se esforce ao máximo para que suas atitudes sejam condizentes com os  seus valores, busque projetos, pessoas e/ou rotinas que contribuam pra isso, pois quanto mais as atitudes se afastam do impulso, mas a gente emperra.

3 – Aceite a vida como ela vem

Calma. Não é que você deva virar uma esponja.  Inclusive existem muitas coisas na sociedade em que vivemos para as quais a nossa não aceitação é imprescindível. Então o que eu quero dizer quando falo sobre aceitar, é  dizer da necessidade de termos consciência das coisas que não são passíveis de serem completamente alteradas pelos nossos braços. Isso nos livra de muito sofrimento, viu? Mas exige paciência e sobretudo a descoberta de formas para lidar com o inesperado ou indesejado. Você não tem controle sobre os acontecimentos, e aceitar isso é libertador.  Contudo, você pode ter o controle sobre como agir diante das circunstâncias, e isto é ainda mais libertário!

4 – Tenha disposição para transformar-se

Nada é permanente, exceto a mudança” ( Heráclito)

Precisamos nos manter sensíveis ao que o momento nos pede, ao que nosso corpo demanda, ao que nossas relações indicam. Então, transforme-se sem perder de vista os teus valores e compromissos, mas se no meio do caminho você perceber que eles não lhe cabem mais, sinta-se à vontade para mudá-los também. Adianto que não será fácil, mas será melhor.

Indispor-se a experimentar, a tentar de outros jeitos, a enxergar de diferentes maneiras, nos endurece, nos paralisa, nos torna injustos e intolerantes…Um risco para saúde!

O mundo é vivo e pulsante. Ciclo é movimento, então sempre haverá transformação. Aceite isso.

 5 – Mantenha-se próximo de quem compartilha dos teus projetos

Tenha coragem de sair da vida de pessoas que não compartilham  compromissos semelhantes aos seus. Nenhuma amizade, parentesco, relação de trabalho, namoro, casamento, enrolamento, etc. vale o gasto psicológico com o quem nos obriga a ser quem não somos.

Priorize as relações que façam sentido genuíno. Busque pessoas em projetos de vida que somem aos teus. A gente se movimenta mais rápido e mais longe quando consegue juntar quem está fazendo força para o mesmo lado!

Dance (II), 1910 – Henri Matisse

É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.”

(Carlos Drummond de Andrade)

Estamos cada um vivendo nossos ciclos, das formas que somos capazes de gerar movimento no momento presente. Com o tempo, nossos movimentos podem se tornar um pouco mais precisos e nos levar ao encontro de melhores circunstâncias para nós e para os outros. E se me for permitido dar uma dica bônus de como ter uma vida mais valorosa, digo para buscar uma vida que contemple a diversidade, a tolerância, e que esteja engajada com um projeto de mundo onde viver seja cada vez mais justo e não-violento.

Espero que você já saiba quais movimentos quer fazer em 2019. Boa sorte!

author
Ludovicense. Psicóloga.Professora de Filosofia da rede pública de ensino.Poetisa por capricho. Ajudo a construir histórias, enquanto vou fazendo a minha.

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