Há algum tempo, uma doença altamente infecciosa vem causando preocupação no mundo todo. A doença é causada por um vírus de rápida mutação e, apesar de sua letalidade depender da idade da vítima (os mais novos são mais propensos à morte), causa extrema debilidade ao contagiado, que fica com sérias dificuldades de se alimentar, tendo dentre seus sintomas febre alta, perda de apetite, além de aftas na boca, gengivas, língua e mucosa nasal.
A transmissão da doença pode acontecer tanto pelo contato direto com algum contagiado como por objetos ou alimentos contaminados, ocorrendo até mesmo a transmissão via aérea, a depender de condições climáticas favoráveis. O vírus pode ser carreado nos pneus dos veículos em trânsito. Inclusive os calçados, roupas e mãos das pessoas que lidaram com doentes podem transmitir o agente patogênico.
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Dado o seu alto potencial de transmissibilidade, o combate à doença exige grande cuidado dos governos mundiais e são feitas massivas campanhas anuais de vacinação. A título de exemplo, ano passado a Índia gastou em torno de 133,43 bilhões de rúpias (cerca de 1,8 bilhão de dólares ou 9,6 bilhões de reais) para tentar erradicar a doença.
A estimativa é que o Brasil gaste R$ 600 milhões por ano com a aquisição e aplicação da vacina em todo o território nacional. Isso sem contar os gastos com campanhas educacionais, cada vez mais relevantes, considerando que ainda existem aqueles que duvidam da eficácia das vacinas.
Esses gastos são justificados em função da livre circulação dos contaminados causa alto risco para os demais e pode impor ao Brasil sérias sanções internacionais, como a proibição de circulação de todos para outros países. Em 2001, Portugal deixou de receber potenciais contagiados de sete países, incluindo da nossa vizinha, Argentina.
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Há, inclusive, diversos casos em que as pessoas foram punidas por recusa de vacinação, sob o fundamento de que a omissão lesa toda a coletividade, haja vista que “não se pode mensurar quais e quantas são as pessoas protegidas pela campanha estatal de vacinação”.
A vigilância mundial à doença é tão firme que, nos casos mais graves, se faz necessário o sacrifício dos contagiados, para que não se corra o risco de contaminar os sãos. Em 2006, 32 mil foram sacrificados, somente no Estado do Mato Grosso do Sul.
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Para evitar o sacrifício do gado, o seu dono não pode se opor à campanha de vacinação e, se o fizer, deve ser devidamente responsabilizado. Embora o gado não se governe, é mais importante que nunca que nós nos empenhemos na erradicação dessa doença.
A febre aftosa é assunto sério e precisa do esforço de todos. Nosso gado precisa ser livre e sadio.
Coronavírus
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