O estudo é de natureza quali-quantitativa e abrangerá as principais regiões do país acima de 100 mil habitantes (Arte: Divulgação).
Estão abertas as vagas para o Edital da Estação Dandara, que engloba Maranhão, Piauí, Ceará e Bahia, para estudantes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Laboro.
A Estação Dandara é coordenada pelo Grupo de Pesquisa em Religião e Cultura Popular (GP Mina) e Laboratório Vulnerabilidades Sociais (Vulnera) da UFMA e engloba a “Pesquisa multicêntrica sobre os perfis socioeconômicos, geográficos, culturais e de vulnerabilidades de travestis e transexuais”.
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A pesquisa, encabeçada pela UnB, de Brasília, está envolvida em todos os estados brasileiros (capitais, regiões metropolitanas e municípios acima de 100 mil habitantes) e objetiva aprofundar o diagnóstico situacional de travestis, mulheres transexuais e homens trans, em todo o território nacional, por meio de um Censo, onde pretende-se mapear: quem são, onde estão, como vivem, moram, trabalham e, sobretudo, apontar a necessidade de analisar em profundidade novos cenários nos caminhos à construção e fortalecimento do acesso dessa população aos bens e serviços das políticas públicas de saúde, educação, emprego, trabalho, renda, segurança, e expectativa de vida, nas regiões e municípios do Brasil e objeto do estudo, por via de um geoprocessamento, e narrativas das pessoas participantes, envolvidas na pesquisa.
Foram reservadas 5 vagas para alunos da UFMA e mais 5 para os alunos da Laboro. Às pessoas que não estiverem em nenhuma dessa instituições, podem voluntariar-se para fazer parte do projeto de pesquisa. Para acessar os editais, clique aqui.
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O estudo é de natureza quali-quantitativa e abrangerá as principais regiões do país acima de 100 mil habitantes para fazer um diagnóstico com vista à inserção das pessoas desse grupo na sociedade. Terão prioridade no projeto participantes que se encaixem no grupo LGBT+ e estudantes de cotas étnico-raciais e de escola pública.
Iniciativas e projetos com atividades para travestis e transexuais
Desumanizar e tratar como piada as relações de sociabilidade e afetos com pessoas trans são das violências que pessoas cis costumam realizar cotidianamente e, por muitas vezes, acabam não refletindo sobre a dimensão que esse ato possui para quem o recebe.
Reconhecer o erro em um comportamento transfóbico e se propor a repensar atitudes são passos importantes para que esse cenário mude. Contudo, é necessário que, para além dos discursos, as movimentações para a conquista do respeito à identidade de gênero das pessoas trans sejam mais propositivas.
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Entendendo a importância de contribuir com essa luta, o redator Henrique Coutinho, do SobreOTatame, recentemente fez uma lista com projetos sociais voltados para travestis e transexuais, realizados tanto no Maranhão, como em todo o Brasil – clique aqui.
Esse e outros materiais, como a cobertura do Gaymada, estão em destaque no SobreOTatame:
*Com informações do site da UFMA e de dados do estudo.