Vá e dirija sem saber pra onde ou porque, apenas siga o rumo que naturalmente as coisas irão se encaixar. Não que a vida tenha destinos pré-elaborados, mas sim ter a plena consciência de NADA está sob controle.
Tenha certeza de que a vida tem desses altos e baixos, que quando pensamos que sabemos de algo, é aí que não sabemos de nada. Tente quantas vezes forem necessárias correr atrás de si, mas não tente entender tudo que habita em você, e no mundo. Saiba apenas que você possui várias vidas dentro de uma só vida.
Nossos amores são desses descompassados e fora de ritmo, mas quando entram em harmonia, nem que seja por um tempo, a gente quer apenas que essa fração dure para sempre.
Fique quieto, apenas escute e observe esses caos e calmaria interior acontecendo, pois ali estão expressas todas nossas inquietações e alegorias dessa imensa jornada. Isso é demais.
Para bem longe, longe de tudo e todos, mas com a tranquilidade de que dentro de nós existe o ser que mais temos medo de encarar: nós mesmos.
Fique quieto e dirija, para aquela rua sem saída, vista perfeita, pôr do sol incontestável, engarrafamento na noite de terça, esquina da rua de trás, bairro do outro lado da cidade, aquela cidade daquela viagem do ano passado, viagem que está por vir. Porque quando estamos assim, tranquilos, é que temos um vislumbre de que somos o todo, o tudo e o nada.
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