Gê Viana é destaque em exposição do Museu de Arte Moderna

O Sertão já foi inspiração pra diversas obras ao longo da trajetória artística brasileira. Do “O sertanejo é antes de tudo um forte”, com Euclides da Cunha; “O mundo do Sertão” de Ariano Suassuna aos lamentos de Belchior.  A resistência e persistência dessa região segue sendo inspiração e motivo de orgulho para todos aqueles que um dia já viram de perto a realidade do nordeste semiárido.


“Contrariando determinismos, e sob a luz de uma certa produção de arte do Brasil, Sertão é modo de pensar e de agir. Termo evocativo, traz consigo afetos transformadores, formas políticas, ideais de criação, memórias de luta, rituais de cura, ficções de futuro.”


– Juliana Rebouças, curadora do 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão

O Sertão resistente é o que guia o 36º Panorama de Arte Brasileira, no Museu de Arte Moderna em São Paulo, que comemora 50 anos de existência da exposição.

Mas há mais um motivo pra se orgulhar! A maranhense Gê Viana é uma das artistas visuais que estão expondo. Ela, natural de Santa Luzia – interior do Maranhão – faz uso da fotografia para suas criações por meio da fotomontagem e fotoperformance em experimentos de intervenção urbana/rural.

Na exposição Sertão, Gê apresenta seu trabalho Retiro de Caça ou um Outro Capelobo (2019), baseado a partir de sua vivência para fazer uma ficção de proteção contra os diversos tipos violência sofridos pelos que residem no mato.

Resistência

Gê é graduada do Curso de Artes Visuais pela Universidade Federal do Maranhão. A artista que é descendente de indígenas nasceu no interior do Maranhão. Negra e moradora da periferia da capital maranhense, Gê Viana vê seus trabalhos como uma forma de resistência de diversos segmentos sociais marginalizados como: os indígenas, o universo LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros e Intersexual).

Em março deste ano, Gê Viana foi selecionada para o Programa Bolsa Pampulha da Prefeitura de Belo Horizonte. Foram selecionados dez artistas para a realização de uma residência artística de seis meses em Belo Horizonte.

Ela já se destacou por diversos trabalhos como: Corpografia do Pixo (2015), Paridade (2017), Enfarofado (2016), Sapatona (2018) e Retiro de Caça ou um Outro Capelobo (2019).

Serviço: 36º Panorama da Arte Brasileira: Sertão

Local: Museu de Arte Moderna de São Paulo

Endereço: Parque Ibirapuera (av. Pedro Álvares Cabral, s/nº – Portões 1 e 3)

Horários: Terça a domingo, das 10h às 17h30 (com permanência até as 18h)

Telefone: (11) 5085-1300

Ingresso: R$ 10,00. Gratuidade aos sábados. Meia-entrada para estudantes e professores, mediante identificação.

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Começou na música, foi pra fotografia, fez um pouco de cinema e agora faz os três juntos. Consumidor compulsivo de Youtube e de café. Costuma falar coisas aleatórias mas que até fazem sentido, ama Foo Fighters e criou o projeto Monotonia.

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