Algumas histórias de um Maranhão lutador
Na segunda-feira (08/08) o mundo conheceu – e o Brasil se emocionou- com Rafaela Silva, uma atleta de judô que conquistou o primeiro ouro para o Brasil. Eu já acompanhava a história da Rafa desde os jogos de 2012 em Londres, onde Ana Paula, a camisa 9 da seleção brasileira de handebol também participou.
Guardem esse nome, pois Ana Paula, uma maranhense que já figurou entre os principais nomes da liga dos campeões da Europa e agora disputa sua terceira olimpíada – Pequim (2008), Londres (2012) e agora Rio de Janeiro (2016) – tem tudo para ser uma campeã olímpica, a moça foi destaque na partida contra a Romênia e já ganhou o apelido de “furacão nordestino”.
Assim como Ana Paula, outros atletas maranhenses defendem com toda garra nordestina o verde e amarelo desse país nas modalidades Handeball, Basquete e atletismo.
O basquete também possui um talento que vale ouro e que foi extraído daqui, da Ilha do Amor. Iziane Castro Marques despensa apresentações, em 2002 chamou a atenção de clubes internacionais e lá se foi nossa Iziane, saiu da periferia de São Luís para jogar pelo Miami Sol da Flórida, passou também pelo Phoenix Mercury e Seattle Storm (olha o Maranhão nas gringas aí gente). Com um bronze conquistado nos jogos Pan-americanos de Guadalajara em 2011, Iziane está no Rio em busca do tão sonhado ouro, e esta quinta (11/08) tem essa maranhense arretada jogando contra a França e fazendo cesta para o Brasil.
Correndo para vencer, outra maranhense que nos enche de orgulho é Cristiane dos Santos Silva, nascida e criada em Timon a atleta –sem patrocínio algum – foi medalha de prata nos 400m do Troféu Brasil de atletismo em 2013 e superou todas as dificuldades pelo caminho até chegar ao Rio 2016, diga-se de passagem, pular barreiras é fichinha para quem venceu a vida e conquistou vaga em uma olimpíada. A Cris vai competir no revezamento 4x400m do atletismo no dia 19/08, assim como Joelma das Neves outra atleta também de Timon que está na disputa pra vencer, assim como venceu um câncer no ovário e se preparou forte para as competições.
Com pouco ou quase nenhum incentivo e condições básicas para treinar, esses atletas estão hoje competindo de igual para igual com os melhores do mundo. Imagina que louco se o estado passasse a incentivar o esporte e proporcionasse uma base de preparação para esses talentos, que potência seríamos, hein?
Esse é o nosso time, essa é a nossa força e nossa luta!