Marcando estreia do IPECINE, “Rafiki” debuta nos cinemas brasileiros

Cena de Rafiki, segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu. Foto: Reprodução.

Proibido no Quênia, seu país de origem. Exibido no Festival de Cannes 2019. E, agora, através da distribuidora maranhense IPECINE, estreia nos cinemas brasileiros. Esta é só uma parte do trajeto de Rafiki, longa-metragem que apresenta a história de amor e amizade entre duas jovens mulheres que vivem no Quênia, e chegou nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira (8).

Inspirado no conto Jambula Tree, da premiada escritora ugandense Monica Arac Nyeko, Rafiki, que significa “amigo” em suaíli, mostra o amor entre duas mulheres que vivem em um país que ainda criminaliza a homossexualidade.

Leia também | Curta maranhense “Aquarela” brilha em Festival de Cinema de Gramado e leva dois Kikitos

Segundo longa-metragem da diretora Wanuri Kahiu, o filme acompanha Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva), duas garotas que vivem em um agitado conjunto habitacional em Nairobi e ousam desafiar o status quo.

O filme acompanha a história de amor e amizade de Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva). Foto: Reprodução.

Filhas de políticos locais, a paixão das meninas é intensa, quase instantânea e proibida. A direção do filme opta por retratar esse romance de forma delicada e sutil. Mesmo assim, o filme chegou a ter sua exibição proibida no Quênia. Por se tratar de uma temática LGBTQ, o governo do país alegou que o filme “promovia o lesbianismo”.

Leia também | Já viu esse vídeo? #4: uma aula de cinema com o Elegante

O Quênia tem uma legislação extremamente conservadora em relação aos direitos dos homossexuais. As relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo são penalizadas pelas leis quenianas, e a homossexualidade é considerada ilegal.

Primeiro longa metragem queniano a ser exibido no Festival de Cannes, Rafiki integrou a programação da mostra Un Certain Regard em 2018, e foi recebido positivamente pela imprensa internacional, além de representar um enorme avanço para a cinematografia africana.

Leia também | A Foreman (A Capataz): curta do maranhense Daniel Drummond vence Oscar Estudantil

No Brasil, a estreia comercial ocorre hoje, dia 8 de agosto; em São Luís, o filme ficará em cartaz no Cinesystem Rio Anil, até o dia 14 de agosto, no horário das 18h50.

A classificação indicativa é de 14 anos. Assista, abaixo, ao trailer do filme:

Sobre o IPECINE

O Instituto de Pesquisa e Estudos Cinematográficos (IPECINE) foi criado em 2015, em São Luís do Maranhão, e desde então, já realizou dezenas de cursos gratuitos ministrados por profissionais renomados do cinema nacional e internacional.

O IPECINE também realizou duas edições da Mostra Internacional de Cinema de São Luís; cinco curtas-metragens e um longa-metragem com distribuição e coprodução internacional. Desde 2019, distribui filmes adquiridos nas duas últimas edições do Festival de Cannes.

Gustavo Sampaio é jornalista e radialista. Atua em São Luís como repórter, assessor de comunicação, produtor e editor. Já produziu conteúdo para Imirante.com, Rádio Educadora, O Imparcial, Volts, Governo do Maranhão. É editor-chefe do SobreOTatame.com, além de pesquisador musical e louco por animais.

VOCÊ TAMBÉM PODE GOSTAR

Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários