Seja em pé no ônibus a caminho ou na volta do trabalho, nos olhares familiares de estranhos, no silêncio da madrugada ou amores acabados, sempre nos reinventamos. É legal essa sensação que estamos em eterna construção.
Essa nossa distopia que nos tornam reféns de nós mesmos é traduzida naqueles pequenos momentos de dúvidas, medo e caos interno. Até porque, éramos nós mesmos que nos sabotávamos.
Nós olhamos nos olhos diante do espelho e enxergamos uma pequena anomalia intitulada por nossos nomes nas carteiras de identidade, um documento de papel que se assemelha tanto a nossa existência mundana e espiritual. Sim, somos frágeis feito papel.
Perguntamos se temos algo melhor nos esperando, se o melhor nos saciaria ou se teremos nosso lugar ao sol. Nisso percebemos que atrás dos nossos olhos habitam mundos inteligíveis nos campos dos sonhos e imaginação que nos deixa inerte bem aqui na realidade.
Ok, nos sentimos apequenados, derrotados e questionando se ocupamos a mente de alguém ou um coração que não quer mais ser refém. Nossa caçada é em meio a selva das cidades grandes e nos labirintos dos nossos corações, questionamos se o amor dói.
Sentimos, cantarolamos, sobrevivemos e nos reinventamos. Tudo isso porque não importa o tanto de vezes que caímos, nós sempre levantamos.