Não vou entregar o desfecho do filme e a magia dele, mas sim compartilhar algumas sensações sobre o que é curtir o filme numa tentativa, quem sabe, de fazer você pegar a primeira sessão após ler esse texto.
Se não fosse o convite meio sem querer e a ideia absolutamente do nada de uns amigos, eu com certeza teria deixado passar a oportunidade de ver um filme tão saboroso de curtir no telão do cinema. Sendo assim, nós marcamos e fomos depois de um dia estressante de trabalho.
Depois de viajar lendo a obra, essa semana vi O Pequeno Príncipe no cinema e soou aos olhos, ouvidos e a imaginação como um simples recado de que ser você mesmo é seguir apenas seu coração e saber da sua natureza. Sabe os toques que a Malfada dá quando tu se pega numa tirinha dela? Acho que uma prosa entre ela e O Pequeno Príncipe seria, no mínimo, agregador e divertido ao misturar a ingenuidade de um e sarcasmo do outro.
Mas voltando ao filme. Pense em uma animação linda e de uma leveza tão singela? O filme d’O Pequeno Príncipe faz jus a história contada no célebre livro e que perpetua dentro do coração de quem se deliciou curtindo os desenhos, conselhos da raposa, a cobra sendo maliciosa, o chapéu (ou elefante? rs), as diferentes personas em que habitam os planetas que o pequenino passa e no seu amor pela rosa que, para ele, era única, mas descobre que as coisas não eram assim.
De cores pulsantes, sutileza e transições na pegada que lembram as animações da Pixar e uns traços que foram tirados, literalmente, do livro, a sensação que o filme passa é de que, enfim, mergulhamos na imaginação que tivemos ao ler o livro enquanto folheamos ele.
Meus amigos optaram assisti-lo dublado e devo deixar meu salve para os dubladores brasileiros Marcos Caruso (o aviador) e Larissa Manoela (a filha), que captaram massa a essência de cada um dos personagens, mas ainda vou assistir legendado por contar com vozes como Mackenzie Foy (filha) Jeff Bridges (aviador), Rachel McAdams (mãe), James Franco (raposa), Marion Cotillard (rosa) e Paul Rudd (Senhor Príncipe). E a trilha de Hans Zimmer (Piratas do Caribe, trilogia Batman, A Origem, entre outros).
Por fim, vale muito a pena ver o filme uma vez que cada personagem traduz coisas que estão na nossa cara e, muita das vezes, são belas (como o pôr do sol). Além do recado sobre como acabamos nos sabotando, virando máquinas e que ser um sonhador é da nossa natureza e isso nos torna cada vezes mais, pasmem, humanos (algo que já somos, né?). E claro, o lembrete que a raposa nos passa, a frase célebre e fundamental: “O essencial é invisível aos olhos”.