Não sei, já pensei em recuar, retrucar, desencanar, mandar um belo foda-se, mas, por mais que eu tente aliar minha mente e os meus instintos como um time completo na vitória daquele campeonato que iniciou-se aparentemente fadado a derrota, eles falam para eu tentar. E isso não é fácil.
Você é bela, linda, meiga com seu jeito bruto, com um par de pernas que deixariam os caras do System Of A Down malucos, peitos delicadamente circundados, um quadril que lembra as bailarinas do Bolshoi, cabelos lisos e que retratam, mesmo bagunçados, seu charme. Você passeia por entre a arte e seus sonhos, numa tentativa interessante de aliar os dois numa realização, curte visuais retrô, mas ainda sim questiona-se sobre o futuro. No meio do caos deste mar de características, o que me mais me alucina: sua inteligência.
Você curte Los Hermanos, Beatles e até Slayer, passeia por entre as ideias de que o mundo é bom e, ás vezes, injusto. Sorri, bebe, se diverte e questiona, não entende e curte a leveza da vida. É da sua natureza, esse completo emaranhado de emoções e ideias.
Já leu Machado de Assis, Saramago e diz que vai ler Willian Gibson só pra entender porque eu cismo em dizer que seria lindo o mundo acabar em câmera lenta. Já disse, você é assim: inquieta e curiosa.
Por que sou um vacilão? Porque posso estar apaixonado, como posso não estar. Você é real, seria uma paixão daquelas descritas como loucas, que depois de uma briga cai entre beijos numa transa sincera e forte e permeariam linhas interessantes de livros como os de Bukowisk ou versos musicais de Chico Buarque.
Se sou vacilão eu não sei, sinceramente não sei, mas de uma coisa eu sei: Você é de longe, a pessoa mais interessante que já conheci. Daquelas que só o som da sua voz, me faz pensar como seria você cantando e eu dedilhando com o meu violão desafinado numa noite de outubro.