Foto feita pelo fotojornalista, Leo Malafaia, que ganhou o mundo ao retratar criança saindo do mar banhada de óleo (Foto: @LeoMalafaia / FolhaPE/AFP)
O vazamento de óleo nas praias do Nordeste é o maior acidente ambiental em extensão registrado no Brasil. Pra se ter ideia: já são mais de 2200 km de óleo do Maranhão à Bahia, 900 TONELADAS de petróleo retirados do mar e 200 cidades foram atingidas. E o número continua crescendo, infelizmente.
Quem está literalmente fazendo força e frente para lidar com esta situação é a população nordestina que, ao ver o tamanho cenário surreal, meteu a cara e vai como pode tentar conter os danos causados pelo derramamento.
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Segundo informações do movimento Menos 1 Lixo, já são 60 DIAS desde que tudo começou e, apenas esta semana, mais precisamente no último dia 21 de outubro, a Marinha brasileira se posicionou. Além disso, o Governo, ao invés de tomar uma atitude condizente ou plano de emergência, continua em sua postura negligente e covarde espalhando fake news e disparando desinformação em uma sequência de atos irresponsáveis e vergonhosos.
Mutirões e o perigo do contato ao óleo
Zapeando o feed do Instagram, deparei com as imagens impressionantes do fotojornalista Leo Malafaia que ganharam o Brasil e o mundo ao mostrar uma criança saindo do mar – literalmente banhada pelo óleo:
Segundo Leo, em sua legenda na publicação do Instagram, é perigoso o contato humano com o óleo bruto que está sendo retirado do mar: Após ajudar na remoção do óleo na praia, criança tenta – em vão – tirar as densas manchas de petróleo do corpo. Em contato com a pele, a substância causa queimaduras e irritação severas.
ATENÇÃO: a manipulação direta não é recomendada. Para tal, recomenda-se o uso de luvas, botas e máscara.
Corte com ONGs e serviços voltados para o Meio Ambiente no Brasil
Vale lembrar que o Governo tem culpa direta na proporção que o desastre ambiental tomou, uma vez que, em maio deste ano, ele extinguiu 50 conselhos do Programa Nacional de Capacitação de Gestores Ambientais, em que dentro dele haviam dois comitês que poderiam agir diretamente no desastre: o Executivo e o de Suporte.
Eles tinham em seu corpo de trabalho o Ministério do Meio Ambiente, Ministério de Minas e Energia, Marinha, Ibama, Agência Nacional de Petróleo, entre outros.
Quais soluções em meio a essa situação toda?
Só agora as áreas atingidas estão recebendo algum suporte para ajudar a população e os voluntários que estão na linha de frente, mas ainda não é o suficiente pois, para o combate efetivo pra este desastre ambiental, é necessária uma mobilização efetiva com profissionais e especialistas para conter o derramamento sofrido litoral nordestino.
Para isso, é necessário se ater a alguns pontos muito bem listados, também, pela Menos 1 Lixo:
- Doação de luvas de PVC;
- máscaras N95;
- botas de cano alto;
- camisa UV manga comprida.
E que essa luta pelo meio ambiente brasileiro não pare por aqui, porque a natureza reivindica o que é dela e precisamos ser responsáveis.