O Mundo que o Youtube criou – O respiro

E chegamos no último texto desta série de textos sobre o Youtube! Semana passada, vimos como ódio se tornou uma ferramenta para criar conteúdo no site e como isso se refletiu nas pessoas que consomem os vídeos. Já no primeiro texto, tivemos uma ideia de como funciona a monetização no Youtube e como essa ferramenta limita a criatividade e obriga o desenvolvimento de conteúdos repetitivos.

Hoje, teremos algo mais light e útil para aqueles que simplesmente querem assistir algo engraçado, que faça bem, que seja um conteúdo bom e não nocivo.

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Hoje é dia de respirar

Falar de canais bom no Youtube, às vezes, também quer dizer falar de canais pequenos e desconhecidos. Mas, nesse texto, tentarei mesclar alguns que eu acho que são canais necessários para todos conhecerem e outros que acho que a maioria devem conhecer, mas é sempre bom enaltecer um bom trabalho.

Dani Noce

Acho que quem acessa o Youtube mesmo que esporadicamente já deve ter visto algum vídeo do canal da Danielle Noce passando pelo “Em Alta” ou no “Recomendado”. O canal dela envolve culinária, vlogs de viagens e, recentemente, um quadro provando pratos de alguns restaurantes. Mas aí você pode pensar: “Ahhh, mas eu nem sei cozinhar e nem quero aprender!”.

Rapaz, eu mesmo assisto só porque eu me divirto do começo ao fim com o carisma das pessoas que produzem esse canal. Garanto já ter passado várias tardes de domingo maratonando vídeos de receitas apresentados por Dani e seu marido Paulo Cuenca. Ainda temos a Tia Jô, mãe de Paulo, que agora também está aparecendo mais e tendo um quadro só pra ela chamado “Eu odeio Cozinhar” – olha aí quanta identificação.

Eu nunca fiz nenhuma receita, mas cara, eu já aprendi tanto sobre cozinhar. Não sei se acertaria na prática. Fora isso, os vlogs de viagem são de uma qualidade indiscutível. Fica aqui duas indicações de vídeos para vocês darem uma chance!

Coxitone é uma invenção muito errada. Porém necessária.
Ouro Branco > Serenata de Amor

Coisas que Nunca vivi (ou evitava viver)

Eu tenho um imenso carinho por esse canal. Já devo ter mandado alguns vídeos para várias pessoas. A premissa é muito boa e bem clara: são vlogs apresentados pelo Otávio Albuquerque, vulgo Tavião, contando sobre experiências que ele está vivendo pela primeira vez.

Acho que todos já passamos por um momento em que nos pegamos pensando, falando em voz alta, da forma que for: “Nossa, porque eu nunca fiz isso antes?”. E o canal do Tavião é exatamente sobre isso. Ele se propõe a vivenciar novas coisas, em novos lugares, sempre respeitando o seu tempo. Em um certo vídeo, ele fala que ele sempre se indagava sobre as coisas que ele queria fazer e “não tinha tempo” pra fazer. Acho que posso falar por todos quando digo que sempre colocamos a culpa no tempo. Será ele o culpado?

Posso dizer que muito do que já vi nesses vídeos me fizeram sentir melhor em vários dias e me trouxeram calma e serenidade para lidar com algumas coisas. Enfim, depois dessa reflexão, fique com dois vídeos mais reflexivos ainda! E veja com cuidado, calma, sem pressa. Vai te fazer bem!

Eu faço isso até hoje
Corro todos os dias. Sem falta.

JoutJout Prazer

Acho que nem preciso falar muito desse canal! Confesso que sempre ouvia falar da tal JoutJout por meio de alguns amigos, mas nunca tinha me interessado em procurar o canal dela. Talvez a primeira vez que eu tenha visto ela tenha sido no Programa do Jô, olha só.

E para falar sobre o canal, deixo aqui as palavras dela: “Não temos tema nem roteiro, ok? Eu só meio que vou falando e vocês meio que vão ouvindo e a gente meio que vai se amando.”

Não teria definição melhor para os vídeos que ela faz. A gente realmente se sente acolhido. Outro dia, ela falando em uma entrevista para o programa Poucas da UOL, ela disse que os youtubers precisavam um dia se reunir pra conversar. Sem querer filmar nada, sem querer publicar nada. Só se reunir, sentar e conversar. Muitos precisam disso. Acho que todos nós precisamos disso.

O canal dela faz isso com a gente, nos sentimos próximos e parte dessa conversa na sala de uma casa. Ela tem alguns vídeos bem conhecidos pela internet, mas quis trazer esses dois que me fazem rir até hoje.

Não importa o quanto o Tato negue, essa pra mim sempre será a verdade.

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E é isso, chegamos ao fim da série “O Mundo que o Youtube criou“. Algo que na verdade era pra ser só um texto, mas que, quando eu comecei a escrever, vi que dava pano pra manga.

Espero ter contribuído de alguma forma com o entendimento sobre a plataforma e principalmente ter mostrado que o que acontece por lá hoje é as vezes uma necessidade, as vezes é um ferramenta para ganhar popularidade a custa dos outros, mas também é um lugar de refúgio. Como sempre foi para mim.

E como uma última mensagem: produzam, criem e deixem vocês serem a inspiração ou o motivo do respiro de alguém.

Caso tenha perdido os outros textos:
O Mundo que o Youtube criou – O conteúdo
O Mundo que o Youtube criou – O ódio 

Até a próxima!

author
Começou na música, foi pra fotografia, fez um pouco de cinema e agora faz os três juntos. Consumidor compulsivo de Youtube e de café. Costuma falar coisas aleatórias mas que até fazem sentido, ama Foo Fighters e criou o projeto Monotonia.

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