O som que rola agora no Fusca 86 #1

Fala, galera de dentro da telinha do outro lado da galáxia, belê?! Antes de mais nada, eu sou o Pedro, o filho mais novo do Sobre o Tatame e venho cumprimentá-los com boas novas.
Cai de um universo paralelo por meio de um chamado do Sakamoto para colaborar no blog com vídeos, a parte gráfica e algumas sugestões de música. Daí, a partir dessa interseção, tive a ideia de fazer uma coluna chamada #OSomQueRolaAgoraNoFusca86.

fuscacapa1

Vamos lá, sem muita enrolação.

“Enquanto engato a quarta marcha – para quem não sabe o Fusca não passa disso – dou o play no pen drive com músicas que baixei recentemente. Na mistura do calor do motor de um air coleed com a emoção de encontrar quem se ama, sigo até parar em outro sinal.

Atenção! Tudo amarelo.

Por falar nisso, no meio das músicas que coloquei no pendrive tem CD novo, um som “groovado”, uma voz conhecida e agora mais nua, mais crua, sozinha. Não, isso não é uma crítica. O que eu quis dizer é que da última vez que eu escutei algo parecido, tinham outros cantores.

O sinal abriu, as ruas vazias na minha frente por um instante me faz pensar em seguir no estilo “Roberto Carlos na estrada de Santos”, voando. Engraçado… São Luís, ás vezes, age como se não fosse São Luís: uma hora palafita, no outro canto tem um hotel de luxo, mas tá tudo tão quente, ainda bem que tem quebra vento por aqui.

Vamos, gente! Desliguem o ar que vocês condicionam, vendam e comprem um Fusca. Eles quebram muito mais que vento, quebram galho, te levam onde quiser: ‘De 0 a 100 km/h no tempo suficiente’.

Tô quase chegando na porta da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), vim buscar uma guria cheia de sonhos que está no primeiro período do curso de Ciências e Tecnologia. Ela, também, adora um som mais intimista, talvez eu ganhe mais pontos ou ganhe um beijo pelo gosto musical.

Depois de tudo isso não tinha como não reconhecer, o som que rola é o CD novo do Paulão. “Faz escuro, mas eu canto” (ouça aqui!). Até com o nome do CD ele é detalhista. Guitarras pegadas, a voz inconfundível. Sempre que escuto e lembro que o cara que está cantando tem quase 2m de altura dá um bug na mente. A voz do Paulo para mim tem muito mais a ver com a personalidade dele do que com a sua própria silhueta. Ela é amigável e tranquila.

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Pequena nota esclarecedora: Paulão surgiu no cenário musical maranhense como Paulo César Linhares, compositor, guitarrista e cantor da banda Pedeginja. Após a pausa do grupo, ocorrida no início de 2015, o artista iniciou a gravação de seu primeiro trabalho solo, o álbum “Faz escuro, mas eu canto”. Fonte: o próprio Soundcloud do Paulo.

Pedeginja foi uma descoberta maravilhosa para mim, som genuinamente Maranhense, arranjos alegres, música de alta qualidade, uma bela produção. As últimas vezes que ouvi falar na banda foi por uma nota sobre seu fim, e depois numa chamadada abertura do lançamento do CD do Bruno Batista. Fico triste, fico alegre. Nem sempre o anúncio do fim consegue trazer consigo o fim. A voz que cala é a mesma voz que canta. Então… O que eu queria dizer é que graças a banda acabei conhecendo o som de uma galera massa, no meio delas, o som do Paulo.

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É galera, a emoção é muita, mas vou ter que desligar. Amanda, tá com pressa, fome e cansada. Quando vejo ela assim, dou graças pela minha humilde formação, esse processo é desgastante demais, e ela nem sonha que o primeiro período é um mar de rosas perto dos últimos. Quanto mais o tempo passa, menos passa tempo, as aulas começam a durar uma eternidade. Nem tinha percebido, eu dei nome ao santo, entreguei o milagre e o milagreiro. Tá o nome da mocinha é Amanda e do vilão é Pedro (it’s me), mas não julguem mal a gente se dá bem.

Sério, falar com vocês é maravilhoso, mas juro que tenho que desligar o nosso “Sousa” (essa é para os fortes) vai já sair, não é legal falar de boca cheia, mesmo que a gente não ligue para isso – Tem gente que fica até um charme com as bochechas cheias, mas isso é outro assunto.

Shhhhhhhhh… A ligação tá caindo.

Vou ter que desli…

Câmbio, desligo.”

FICHA TÉCNICA
Produção Musical: Adnon Soares
Vozes e violões: Paulão
Baterias: Sandoval Filho
Baixos, Guitarras e Teclados: Adnon Soares
Percussões: Darkliwson Brandão
Backing Vocal: Nùbia Rodrigues, Paulão e AdnonSoares

Pré-produzido na Casa Louca (MA) por AdnonSoares. Captado no Estúdio Black Room (MA) por Adnon Soares e Sandoval Filho. Mixado e masterizado na Casa Louca (MA) por Adnon Soares.

Designer de madrugada, Diretor de arte a tarde e músico nas horas vagas. Provador oficial de suco de uva integral, Pedro é um guri que desce a rua aos domingos num fusca 86 bege para fazer slack na praia. Idealizador do Instante Perdido e o filho mais novo do Sobre o Tatame.

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