O escritor maranhense Arnaldo Vieira, autor de Hoje também é segunda. Foto: Divulgação.
“Não sei o que é perda, só consigo imaginar”, escreve o poeta Arnaldo Vieira em um dos 27 textos de Hoje também é segunda, seu novo livro que será lançado no próximo dia 12 de agosto, às 19h, no Espaço Amei (localizado no São Luís Shopping).
Hoje também é segunda, seu segundo livro de poemas, parece mesmo um grande exercício lírico-imaginativo. Nele, é possível pescar misturas improváveis de cosmogoniana lovecraftiana, prosódia de música popular e referências a um mundo onde a chamada cultura pop invadiu o mainstream e está “todo mundo cansado/falando por memes”, como observa o autor.
Os poemas têm um universo de referências externas sob o fundo de uma vida comum, passada em escritórios, corredores de hospitais e barzinhos; como em Música para afogamentos, seu livro anterior, Arnaldo Vieira está interessado em transformar experiências cotidianas em poesia, como se pode ler em Visita:
“A esperança é uma Kombi velha
Arnaldo Vieira em Visita
que só pega empurrando
sob a parca luz de um poste
onde dançam borboletas.”
“Hoje também é segunda continua algumas questões que já me intrigavam no livro anterior, e que provavelmente vão continuar me interessando”, pontua Arnaldo Vieira.
Arnaldo Vieira
Arnaldo Vieira, de 32 anos, é bacharel em direito, advogado e professor. É o autor do livro de poesias Música para afogamentos, lançado em 2018 (Poemas. Pitomba!).
Leia também | Palavra Acesa: amor aos livros, bons papos e Zeca Baleiro no programa de estreia
Atualmente, escreve publicações no jornal O imparcial.
Hoje também é segunda
O novo livro de poemas de Arnaldo Vieira custa R$ 25 e terá seu primeiro lançamento no dia 12 de agosto – que, como todos os outros dias, é uma segunda-feira. A publicação continua o projeto gráfico de Música para afogamentos, baseado na apropriação de imagens de livros medievais.
Leia também | “Poema sujo”: maranhense dá vida a poema clássico de Ferreira Gullar
O projeto de capa e miolo foram feitos por Bruno Azevedo, que usou imagens de um livro científico do século XVII, compondo uma espécie de cosmogonia circular ao longo das páginas.
Mais informações pelo telefone 98-8159.0200 e ou pelo Instagram @pitomba_livrosediscos.
