(Foto: Divulgação/UEMA).
Uma cena comum é o descarte do óleo que é utilizado nas frituras diretamente no ralo da pia ou jogado no lixo orgânico comum, porém, essa ação corriqueira em muitos lares, pode causar sérios problemas ambientais, como a contaminação das águas e do solo, além de entupir os sistemas de encanamento residencial e municipal.
Pensando nessa problemática e em formas de preservar o meio ambiente, acadêmicos do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Campus Coelho Neto, desenvolveram um projeto com a comunidade do Bairro Olho D’Aguinha para a fabricação de sabão a partir da reutilização de óleo.
“Percebemos a necessidade de conscientizar a população para o combate da poluição e a conservação dos recursos naturais, assim pensamos em formas de reciclar esse resíduo, para evitar que seja descartado de maneira irregular no meio ambiente. A comunidade do Olho D´Aguinha, foi escolhida por estar localizada no entorno da Universidade”, explicou Hernando Batista, coordenador do projeto.
Assim, o projeto tem como objetivo ensinar a comunidade a fabricar sabão reutilizando o óleo usado nas frituras para preservar o meio ambiente e alem disso gerar renda para as pessoas.
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Durante o desenvolvimento do projeto, os acadêmicos realizaram visitas de campo para entrevistar a comunidade e explicar os objetivos da ação, além de fazer um convite para que os entrevistados recolhessem óleo para futura fabricação de sabão na UEMA e comercialização do mesmo.
Além disso, foram promovidas palestras e vídeos sobre os danos causados pelo descarte irregular do produto, e foram apresentadas as formas corretas da fabricação de sabão, tanto em barra quanto liquido, por meio de oficinas.
Como resultado do projeto, teve uma redução de 80% do descarte inadequado do óleo de fritura no meio ambiente, por meio da sensibilização e conscientização de 50 famílias desta comunidade.
“Assim, conseguimos evitar o agravamento da poluição, reciclando 110 litros de óleo de fritura, produzindo acerca de 630 litros de sabão caseiro líquido e 76.000 kg sabão em barra. E assim, todo o produto fabricado foi distribuído entre as famílias da comunidade, para vender e gerar renda”, explicou Batista.
O projeto contou, também, com a participação dos alunos da Universidade Aberta Intergeracional (UNABI).
*As informações são do site da UEMA – texto escrito por Polyanna Bittencourt.