(Re)conhecendo a Amazônia Negra: mostra destaca diversidade dos povos negros da região amazônica

(Foto: Marcela Bonfim/Divulgação).

A Amazônia Negra registrada nas lentes de Marcela Bonfim é um dos mais belos trabalhos trazidos pela edição 2019 do Sesc Amazônia das Artes. Dando identidade, traços e vida aos povos negros da região amazônica, por meio de fotografias impressas em madeira, a mostra (Re)conhecendo a Amazônia Negra: Povos, Costumes e Influências Negras na Floresta fica em cartaz na Galeria de Arte do Sesc Centro, de 22 de maio a 18 de junho.

(Foto: Marcela Bonfim/Divulgação).

As obras, produzidas durante as visitas de Marcela Bonfim a comunidades quilombolas, tradicionais e urbanas, trazem de maneira sensível e original as mais diversas expressões dos grupos que residem na região norte do país. Todos carregam em seus traços as heranças socioculturais de uma parcela importante da população brasileira que ainda não é reconhecida historicamente.

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Em 2015, o projeto iniciou a busca pelas referências negras nos locais de origem, colocando Rondônia no centro do debate da Amazônia Negra. Foram realizadas, também, visitas no Mato Grosso – em algumas comunidades/chácaras de Vila Bela da Santíssima Trindade; no Pará – Marajó em algumas comunidades de Soure e Salvarterra e no Maranhão-Alcântara na comunidade de Manival.

(Foto: Marcela Bonfim/Divulgação).

“Os próprios personagens que construíram a partir das suas mãos e de seus ancestrais esta história; é a voz de dona Nicácia, de dona Aniceta e de tantas outras histórias dentro dessa mesma história amazônica. Trata-se de uma proposta de narrativa, diferente desta que vemos e ouvimos circular pra cima e pra baixo, correspondendo apenas à versão e visão do colonizador”, explicou Marcela.

(Foto: Marcela Bonfim/Divulgação).

A fotógrafa é paulista de Jaú e descobriu em Rondônia uma Amazônia negra, além da indígena que ela já esperava encontrar em Porto Velho, onde passou a morar a partir de 2010. Economista e ativista cultural, Marcela Bonfim faz da máquina fotográfica um instrumento de militância pelo reconhecimento do papel dos africanos na formação da Amazônia e na defesa da sua autoestima, com o olhar de quem se reconhece no foco da câmara.

(Foto: Marcela Bonfim/Divulgação).

“Eles me ensinam todos os dias a ser negra: essa ATITUDE que ultrapassa a cor da pele é a principal mensagem quando falamos de representatividade nesse processo de (Re)conhecimento…!O projeto neste aspecto vem como um veículo condutor que soma e compartilha – a partir das mostras – essas histórias e realidades, quebrando com um silêncio de mais de séculos de invisibilidade dentro da Amazônia!”, ressaltou a artista.

Programação

Abertura: 22 de maio/2019 às 18h30;
Local: Galeria de Arte do Sesc Centro;
Avenida Gomes de Castro, n° 132, Centro, São Luís – MA;
Período: 22 de maio a 06 de junho/2019, das 9h às 12h e 14h às 17h (exceto sábados, domingos e feriados);
Plano de Visitas Mediadas – (98) 3216 3830.

*Com informações do Sesc-MA, por Amanda Machado.

Gustavo Sampaio é jornalista e radialista. Atua em São Luís como repórter, assessor de comunicação, produtor e editor. Já produziu conteúdo para Imirante.com, Rádio Educadora, O Imparcial, Volts, Governo do Maranhão. É editor-chefe do SobreOTatame.com, além de pesquisador musical e louco por animais.

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