A cantora Rita Benneditto (Foto: Rogério Von Krüger/Reprodução/Facebook).
O Bumba Meu Boi é uma manifestação artística que se expressa no Brasil desde idos do século XVIII até os dias de hoje. Ela é preservada com afinco em diferentes regiões do país.
No Estado do Maranhão, ela constitui um complexo cultural que abarca seis diferentes ritmos – ou “sotaques”, como são conhecidos. Essa arte foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, em dezembro de 2019.
São fortes as ligações da cantora Rita Benneditto com esse bem cultural. E a artista vai louvar essa tradição na sua nova live – a segunda que apresenta no YouTube. A Bumba Live Boi terá as participações da cantora Alcione e do cantor e compositor Geraldo Azevedo, além das de 13 nomes que mantêm essa tradição viva naquele estado.
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São eles: Zé Olhinho (Boi de Santa Fé), Ribinha (Boi de Maracanã), Leila Naiva (Boi de Axixá), Chagas (Boi São José de Ribamar), Nadir Cruz (Boi Floresta), Inácio Pinheiro e Roberto Brandão (Boi Barrica), Regina Avelar (Boi de Leonardo), Zé Alberto (Boi Famosão) e as Caixeiras do Divino Espírito Santo (Bartira, Dindinha, Graça e Zezé).
A eles será revertida parte das doações obtidas durante a transmissão. A apresentação ocorre nesta sexta-feira (26), às 19h30, no canal da artista no YouTube e nas suas redes sociais.
Rita terá a companhia do maestro Zé Américo Bastos, com quem apresentará números que louvam a tradição do Boi, além da própria cultura junina.
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Alguns exemplos são Bela Mocidade — tema de Donato Alves gravado por Maria Bethânia — e Boi de Haxixe, de Zeca Baleiro. Autores fundamentais da música nordestina também serão reverenciados, como João do Vale (1934-1996), de quem escolheu Todos cantam sua terra e Pé no lajeiro, e Dominguinhos (1941-2013), da clássica Isso aqui tá bom demais, entre outros.
O mito do Bumba Meu Boi
A tradição do Bumba Meu Boi tem como um de seus pilares uma lenda difundida por aqui no século XVIII. Reza a lenda que, durante a gravidez, Catirina desejou comer a língua do boi mais bonito que havia na fazenda onde trabalhava.
Para satisfazer a mulher, Pai Chico sacrifica o animal, provocando a ira do seu patrão. Para que o casal não fosse castigado, o boi volta à vida graças a intervenção de divindades mitológicas.
*Com informações da assessoria.
Mais do São João do Maranhão
Durante o mês inteiro de junho, traremos um material especial sobre o São João do Maranhão. O objetivo do SobreOTatame é trazer à memória os dias alegres que já vivemos e ainda viveremos, dar voz aos principais atores e atrizes dessa época e alimentar o nosso amor por essa festa.
Segue, abaixo, os materiais produzidos este ano:
- Boi da Madre Deus: matracas no Centro de São Luís;
- Matracas que seguem firmes: o batalhão do Boi da Maioba;
- Um Forró para quem ama o São João, o novo single de Jonas Magno;
- Lá vai Boi de Pindaré: 60 anos de resistência;
- Matracas que se reinventam: o Boi de Maracanã em 2020;
- Afeto, cultura e história: as brincadeiras do São João em imagens;
- São João em tempos de isolamento social: Caio Zito cria versões alternativas de bumba-meu-boi;
- Nina é, Nina foi, Nina sempre será: o batalhão do Boi de Nina Rodrigues;
- O São João do Maranhão não para nunca!.
Abaixo, alguns dos materiais produzidos: