Sacola Cena Ambiental: um experimento de resistência e arte

Transversalidades, sustentabilidade, inquietações artísticas, ancestralidades, memória, direitos humanos e novas nuances em arte tecnológica, arte-paisagens e afins. Ufa!

Tudo isso reunido na edição do projeto Sacola Cena Ambiental, que levará ao município de Alcântara (MA) uma ocupação coletiva de sete dias, que visa a reflexão, a experimentação e a formação de saberes conectando o meio urbano com a natureza e os saberes populares.

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O projeto busca uma convergência de várias atrativos artísticos/culturais e rebusca novos e veteranos nomes da ancestral arte brasileira.

A ideia surgiu como proposta para um novo olhar para ocupações, com sustentabilidade em áreas urbanas e ambientais e traz em sua essência a ânsia em compartilhar abstrações artísticas além de fortalecer, através de debates e rodas de conversas, os processos culturais, ambientais e sócio-políticos das quais a região metropolitana da ilha de São Luís, o Maranhão e o Brasil vive em seus dias atuais.

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A escolha da cidade Alcântara para esta 5ª edição como ponto de partida para essa empreitada sensorial com o meio ambiente.

O Surgimento clandestino na Capital Federal

O ano era 2012. A data de abertura do evento foi 12|12|12, era um dezembro estranho, já que, na época os alardes profetizavam que seria o último ano de nossas vidas. O Fim do mundo!

Na época, éramos apenas um coletivo anarquista teatral que queria movidos a clandestinidade, como os transeuntes diários e anônimos dos grandes centros urbanos. O Brasil e Brasília vivia os temas: Veta Dilma, Código florestal, O Santuário dos Pajés não se move… E tantos outras frentes e clamores das bases populares.

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O SCA foi celebrado no Jardim Botânico de Brasília com apoio de mais de 200 artistas, das comunidades universitárias, ambientalistas e entusiastas culturais. Como homenageado daquela edição, o nome celebrado foi o saudoso artista maranhense Mestre Patinho que, naquele ano, fez Brasília transcender na cultura popular através de uma participação pulsante que marcou a todos os participantes.

Mamuna, o desafio 2019/2020

Durante esse período, o público irá conferir uma vasta programação — peças teatrais, artes visuais, manifestações circenses, palestras, shows, cultura popular, cinema, além de variadas oficinas e debates. A proposta desta ocupação é permitir a troca coletiva vivenciada na natureza, relacionando questões ambientais e expressões culturais.

Com isso, será realizado um grande encontro a céu aberto e no mar ancorado em proporcionar um ambiente de interação entre a cultura urbana e a cultura quilombola, com suas infinitas ramificações.

Nesta edição Especial, o Sacola Cena Ambiental contará com a paisagem única da Praia do Quilombo de Mamuna, envolvendo o conteúdo e a expressão deste projeto pelos provocações de quase 200 artistas e arteiros do Maranhão, outros estados e outros países.

Vivências agroecológicos, performances artísticas e palestras irão conectar convidados e atuadores em contato com a exuberância do portal da Amazônia e a diversidade de nossa cultura: praias, trilhas e mangues e praças se transformarão em palcos, picadeiros, rodas de atividades, roda de conversas dentre outras ações.

A programação completa das atrações está no Instagram do evento – clique aqui.

Gustavo Sampaio é jornalista e radialista. Atua em São Luís como repórter, assessor de comunicação, produtor e editor. Já produziu conteúdo para Imirante.com, Rádio Educadora, O Imparcial, Volts, Governo do Maranhão. É editor-chefe do SobreOTatame.com, além de pesquisador musical e louco por animais.

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