Há uns meses, escrevi um texto sobre a necessidade e a importância de criarmos laços e diálogos com os amigos e homens ao nosso redor. O episódio que me serviu de inspiração para aquele material veio após um post de despedida que um amigo fez ao outro e mostrou a importância de criarmos elos de afeto e abertura com os “brothers“. Recentemente, a Gillette trouxe um recado similar, com um convite simples: sermos homens melhores.

O vídeo, que você pode conferir acima, já tem mais de 16 milhões de visualizações e mostra comportamentos como bullying, brigas, ridicularização, chacota e assédio, mas, também, mostra outros homens dispostos a repensarem e tomarem atitudes acerca destes comportamentos.

O material em questão vem recebendo atenções diversas: tem os que apoiam e veem, com suspiro de esperança este mundo machista, misógino e sexista que vivemos; mas existe uma parcela que se sentiu “doída” pela campanha publicitária. Em um post no Instagram, uma colega comentou que “(…) não tem nada mais frágil do que a masculinidade“. E, como homem, reafirmo: Não tem mesmo.

Somos educados erroneamente, reproduzimos comportamento tóxicos e somos julgados se demonstramos algo no campo sentimental, além da cobrança de uma figura masculina viril, que tenha sucesso e segure o tranco para tudo e todos.

Somos bombas-relógio, vivemos no limite e não sabemos lidar com um milhão de manifestações do mundo interior e exterior. Não vou longe: consultórios terapêuticos estão aí para provar e que bom que estamos, aos poucos, procurando ajuda e maneiras de lidar com isso. É um caminho que está criando forma agora por meio de iniciativas, conversas, eventos e debates sobre o ser masculino.

Longe do papo de vitimismo ou algo do tipo. O convite da campanha da Gillete é direto e até óbvio: não reproduzir comportamentos violentos, não se cobrar por uma postura que não suportamos levar nas costas, não ser quem você não é. Este convite para um novo homem é no viés da abertura, do diálogo, de possibilidades saudáveis, de entendimento de erros, de reaprender a lidar consigo e com o outro, de respeito e ressignificação da masculinidade que só agora estamos começando a desvendar, enquanto as mulheres estão há anos lutando e procurando espaço.

O vídeo exemplifica meios de lidar com isso, com a fala do ator Terry Crews (conhecido por séries como “Todo Mundo Odeia o Chris” e “Brooklyn Nine-Nine”), com o episódio do professor que apartou uma briga e viralizou na internet, entre outros exemplos.

Se você sentiu “estranho”, confuso ou até mesmo surpreso, esse convite é para você: você não está só. Estamos aqui em busca de lucidez, força e sabedoria nessa caixa de possibilidades do ser masculino.

Separei alguns materiais que podem lhe ajudar nessa jornada:

– Demonstre afeto pro seu amigo homem;

entrevista exclusiva com Guilherme Valadares do portal PapodeHomem

Sobre O Tatame em Pauta: Ansiedade (parte 1) | Sobre O Tatame em Pauta: Ansiedade (parte 2);

Depressão e o que ainda não sabemos sobre ela;

– Cinco atitudes que auxiliam no apoio a um amigo com Depressão;

Mitos e verdades sobre o suicídio

E você, o que achou do vídeo?

administrator
Jonas Sakamoto é jornalista e diretor de fotografia. Atua em São Luís como produtor audiovisual, diretor e editor. Já produziu conteúdo para Imirante.com, portal PapodeHomem e, atualmente, trabalha como repórter na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). É fundador e editor-chefe do SobreOTatame.com e viciado em ciclismo.

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