Série de fotos mostra o amor em forma de paixão, conexão e visceralidade [+18]

(Foto: Marcelo Cunha/Divulgação).

O fotógrafo e artista plástico Marcelo Cunha, em especial ao Dia dos Namorados, lançou uma série fotográfica que retrata o amor em sua forma mais genuína: o colapso de dois seres que se particularizam em um só, na experiência ancestral de se conectar um com o outro.

A série pertence ao Obscure Painting, projeto que o artista vem desenvolvendo ao decorrer dos anos, que consiste em uma imersão intimista dos participantes, que cobertos de tintas e sobre um fundo preto, expressam tudo aquilo que há de mais complexo em suas camadas humanas.

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No entanto, diferente do que vem sendo desenvolvido pelo fotógrafo, a série especial explora essa mesma estética, mas sob as perspectivas de uma experimentação conjunta, explorando sentimentos como a paixão, o amor visceral e as conexões que somos capazes de construir com um outro ser.

Dois seres descobertos que parecem flutuar por uma atmosfera particular pertencente somente aos dois, tomados pela sinestesia, virando do avesso, se descamando, restando a pulsão intensa do amor visceral.

Amar é assim, cada ser experimenta algo complexamente diferente um do outro, as vezes as proporções são maiores, algumas desmedidas, mas há sempre o sentimento comum em todos, porque ele pertence as nossas entranhas, ao que somos como seres, a maneira como abarcamos o outro.

Nós nos particularizamos, criamos nosso mundo, nos encontramos e nos reencontramos nesse espaço flutuante. É incrível como Marcelo Cunha não só explora esse sentimento em suas personagens, mas desperta eles diante dos nossos olhos, emerge essa conexão insana, essa paixão intensa, esse amor que transpassa do casal delineado pela tinta.

O toque intenso na pele, o beijo vagaroso, os entrelaces dos corpos que parecem ser infindáveis. Traduzem a capacidade humana de amar de forma tão intensa que parece imensamente única, são como almas que se buscam incansavelmente, mas que em determinado momento, ou nesse universo criado pelo fotógrafo, elas finalmente se encontram em sua forma mais primitiva.

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Forma essa que os corpos sob as tintas nos levam a compreender que é de forma indefinida, cabendo ao amor possuir qualquer forma, porque todas o pertence.

E você o que sentiu vendo as fotos? Ou melhor, o que é amor para você?

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Formada em Letras pela UFMA, tem se dedicado nos últimos anos a duas atividades: estudar a poesia de Hilda Hist; e a estudar e atuar na área da fotografia. “Aleatória” de natureza, gosta de café sem dispensar um chá. Tem vários gatos, mas também um cachorro e várias plantas. Gosta de literatura e cinema na mesma intensidade que gosta de aquarelas, modelagem e, claro, de viver.

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