A vida é como um jardim. Há quem cuide bem de seu jardim. Há quem cuide de vez em quando e tem gente que, ao se preocupar com o jardim alheio, esquece do seu. A beleza de um jardim é reflexo direto dos esforços de seu dono, por isso existem jardins pequenos e grandes, monocromáticos e coloridos, simples e variados, modestos e robustos.
Em regra, cada um deve cuidar do seu jardim. E jardins bem cuidados crescem, florescem, ficam belos, produzem novas sementes e dão a seu dono a possibilidade de espalhar essas novas sementes por outros jardins, principalmente naqueles mais maltratados.
Tais sementes representam o quanto de bondade e positividade somos capazes de espalhar na vida de outras pessoas. Só consegue fazê-lo quem já produz isso em seu próprio jardim.
É interessante notar que embora possamos espalhar inúmeras sementes por inúmeros jardins, as sementes só germinarão e se transformarão em belas flores se o dono do jardim receptor dispor de cuidados básicos como irrigação, adubação, combate às pragas… Pois muitas vezes espalhamos sementes e criamos expectativas em receber flores em troca. Mas lembrem-se da regra: “cada um deve cuidar do seu”.
Jogar sementes é um ato de benevolência em si. Ele se basta porque demonstra o quanto bons jardineiros nós somos. Nem sempre as pessoas reconhecerão teu ato de bondade porque, infelizmente, ainda não aprenderam a cuidar do seu jardim. E isso não é motivo pra desistir.
Pessoas bem resolvidas lidam bem com a ingratidão e, num movimento persistente de bondade, constroem redes de jardins.
Dos bons jardins surgem borboletas. Elas, que a despeito da riquíssima simbologia que tange a metamorfose evolutiva que gera rara beleza (relacionada aos paradigmas que devemos superar cotidianamente) representam aqui, verdadeiras pontes de ligação entre jardins, possibilitando a construção e a multiplicação de belezas e aromas.
O quanto tens cuidado do teu jardim? O quanto tens espalhado sementes? O quanto tens permitido que borboletas pousem no teu jardim, te ligando a outros jardins?
O texto acima é de um cara que admiro muito, Noboru Nishiwaki. Que me acolheu e, posteriormente a convite meu, a querida Talia Gabrielle, na Quinta-Feliz. Que é uma reunião budista semanal que participamos aonde estudamos o Budismo da SGI ou Soka Gakkai Internacional e como ele pode ser aplicado nos nossos desafios do cotidiano.
E, como o próprio próprio Noboru disse em seu Facebook, o texto foi resultado de reflexões, conversas e profícuos diálogos que temos por lá.
Resolvi compartilhar aqui no ato de percebermos nossos comportamento e ato de equilibrar a mente e o corpo.
Adorei o texto! Parabéns!