Sobre o idiota que já fui

De linha em linha vou escrevendo para lembrar das coisas que já fiz e me envergonhei, e outras as quais me orgulhei. E disso vou indo de vírgulas, interrogações, exclamações e pontos finais enquanto o assunto da minha jornada for crescer e aprender.

Nesse meio tempo, vou me perdendo por entre rimas e entrelinhas da saga que é viver. Porque nossa vida inteira nós estamos indo e voltando, dia após dia.

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Já chorei, sorri, me embriaguei e disparei coisas que mais pareciam o ego me vomitando do que algo pensado e se realmente era significativo, porque a gente tem disso de se orgulhar e outras de se envergonhar. Vai saber…

Simplesmente confesso comigo mesmo nas paredes da minha morada de que levanto questões, realizo considerações e disfarço como quem não quer nada o que realmente dói. Mas dessa dor, por mais insuportável que ela possa ser, é nela que agradeço se me liberto um ser humano mais consciente, caçando cada detalhe real do que é se sentir vivo.

Teve aquelas vezes que era obcecado pelas novidades, aquelas que queriam aventuras repletas de adrenalina, mas sem sentido algum, experiências supérfluas, situações inacabadas, corações espedaçados, desabafos necessários e amores acabados.

Sei que não sou santo, muito menos exemplo, nem modelo e nem espelho, porque ainda estou nessa de me perder por entre becos e vielas da vida, de parar e apenas respirar, de olhar e cuidar – do que e quem realmente vale à pena.

E vou indo de vírgulas, interrogações, exclamações e pontos finais, as chega um ponto,  apenas UM ponto que a gente percebe que talvez nunca vamos compreender tudo, e essa incompletude é o que nos faz ser quem somos.

Nossas histórias, apatia, confissões, o quanto fui fútil, disperso, inacabado, tolo, mas estendi a mão pra mim mesmo e me vi idiota e advérbios similares, mas fui na fé que poderia escolher o quer ser. E escolhi.

Tentaram tomar minha fé, a realidade, a dor, o amor e a fúria, a certeza, a dúvida, o alma dilacerada e o coração apagado. Mas não tiraram minha cosmoconsciência de que posso ser apenas um simples homem com arquétipos e sonhos, bobos, mas sinceros que podemos compartilhar e propagar sentimentos bons.

Has someone taken your faith?
It’s real, the pain you feel
The life, the love
You die to heal
The hope that starts
The broken hearts
You trust, you must
Confess
Is someone getting the best, the best, the best, the best of you?

administrator
Jonas Sakamoto é jornalista e diretor de fotografia. Atua em São Luís como produtor audiovisual, diretor e editor. Já produziu conteúdo para Imirante.com, portal PapodeHomem e, atualmente, trabalha como repórter na Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). É fundador e editor-chefe do SobreOTatame.com e viciado em ciclismo.

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[…] Texto originalmente publicado aqui […]

Nayane
Nayane
9 anos atrás

Amei esse texto Jonass! Aliás, todos seus textos são demaiss e descrevem muito os meus momentos vivenciados distraidamente. Parabéns 😉